quarta-feira, agosto 30, 2006

Carta de Mia Couto ao Presidente Bush



Senhor Presidente:

Sou um escritor de uma nação pobre, um país que já esteve na vossa lista negra.

Milhões de moçambicanos desconheciam que mal vos tínhamos feito.

Éramos pequenos e pobres: que ameaça poderíamos constituir?

A nossa arma de destruição massiva estava, afinal, virada contra nós: era a fome e a miséria.

Alguns de nós estranharam o critério que levava a que o nosso nome fosse manchado enquanto outras nações beneficiavam da vossa simpatia.

Por exemplo, o nosso vizinho - a África do Sul do "apartheid" - violava de forma flagrante os direitos humanos.

Durante décadas fomos vítimas da agressão desse regime.

Mas o regime do "apartheid" mereceu da vossa parte uma atitude mais branda: o chamado "envolvimento positivo".

O ANC esteve também na lista negra como uma "organização terrorista!".

Estranho critério que levaria a que, anos mais tarde, os taliban e o próprio Bin Laden fossem chamadas de "freedom fighters" por estrategas norte-americanos.

Pois eu, pobre escritor de um pobre país, tive um sonho.

Como Martin Luther King certa vez sonhou que a América era uma nação de todos os americanos.

Pois sonhei que eu era não um homem mas um País.

Sim, um país que não conseguia dormir.

Porque vivia sobressaltado por terríveis factos.

E esse temor fez com que proclamasse uma exigência.

Uma exigência que tinha a ver consigo, Caro presidente.

E eu exigia que os Estados Unidos da América procedessem à eliminação do seu armamento de destruição massiva.

Por razão desses terríveis perigos eu exigia mais: que inspectores das Nações Unidas fossem enviados para o vosso país.

Que terríveis perigos me alertavam? Que receios o vosso país me inspiravam? Não eram produtos de sonho, infelizmente. Eram factos que alimentavam a minha desconfiança.

A lista é tão grande que escolherei apenas alguns:

- Os Estados Unidos foram a única nação do mundo que lançou bombas atómicas sobre outras nações;

- O seu país foi a única nação a ser condenada por "uso ilegítimo da força" pelo Tribunal Internacional de Justiça;

- Forças americanas treinaram e armaram fundamentalistas islâmicos mais extremistas (incluindo o terrorista Bin Laden) a pretexto de derrubarem os invasores russos no Afeganistão;

- O regime de Saddam Hussein foi apoiado pelos EUA enquanto praticava as piores atrocidades contra os iraquianos (incluindo o gaseamento dos curdos em 1998);

- Como tantos outros dirigentes legítimos, o africano Patrice Lumumba foi assassinado com ajuda da CIA. Depois de preso e torturado e baleado na cabeça o seu corpo foi dissolvido em ácido clorídrico;

- Como tantos outros fantoches, Mobutu Seseseko foi por vossos agentes conduzido ao poder e concedeu facilidades especiais à espionagem americana: o quartel-general da CIA no Zaire tornou-se o maior em África. A ditadura brutal deste zairense não mereceu nenhum reparo dos EUA até que ele deixou de ser conveniente, em 1992;

- A invasão de Timor Leste pelos militares indonésios mereceu o apoio dos EUA. Quando as atrocidades foram conhecidas, a resposta da Administração Clinton foi "o assunto é da responsabilidade do governo indonésio e não queremos retirar-lhe essa responsabilidade";

- O vosso país albergou criminosos como Emmanuel Constant um dos líderes mais sanguinários do Taiti cujas forças para-militares massacraram milhares de inocentes. Constant foi julgado à revelia e as novas autoridades solicitaram a sua extradição. O governo americano recusou o pedido;

- Em Agosto de 1998, a força aérea dos EUA bombardeou no Sudão uma fábrica de medicamentos, designada Al-Shifa. Um engano? Não, tratava-se de uma retaliação dos atentados bombistas de Nairobi e Dar-es-Saalam.

- Em Dezembro de 1987, os Estados Unidos foi o único país (junto com Israel) a votar contra uma moção de condenação ao terrorismo internacional.

Mesmo assim, a moção foi aprovada pelo voto de cento e cinquenta e três países.

- Em 1953, a CIA ajudou a preparar o golpe de Estado contra o Irão na sequência do qual milhares de comunistas do Tudeh foram massacrados.

- A lista de golpes preparados pela CIA é bem longa. Desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA bombardearam: a China(1945-46), a Coreia e a China (1950-53), a Guatemala (1954), a Indonésia (1958), Cuba (1959-1961), a Guatemala (1960), o Congo(1964), o Peru(1965), o Laos (1961-1973), o Vietname (1961-1973), o Camboja(1969-1970), a Guatemala (1967-1973), Granada (1983),Líbano(1983-1984), a Líbia (1986), Salvador (1980), a Nicarágua(1980), o Irão (1987), o Panamá (1989), o Iraque (1990-2001), o Kuwait (1991), a Somália (1993), a Bósnia (1994-95), o Sudão (1998), o Afeganistão (1998), a Jugoslávia (1999) Acções de terrorismo biológico e químico foram postas em prática pelos EUA: o agente laranja e os desfolhantes no Vietname, o vírus da peste contra Cuba que durante anos devastou a produção suína naquele país. O Wall Street Journal publicou um relatório que anunciava que 500 000 crianças vietnamitas nasceram deformadas em consequência da guerra química das forças norte-americanas.

Acordei do pesadelo do sono para o pesadelo da realidade. A guerra que o Senhor Presidente teimou em iniciar poderá libertar-nos de um ditador. Mas ficaremos todos mais pobres. Enfrentaremos maiores dificuldades nas nossas já precárias economias e teremos menos esperança num futuro governado pela razão e pela moral. Teremos menos fé na força reguladora das Nações Unidas e das convenções do direito internacional. Estaremos, enfim, mais sós e mais desamparados.

Senhor Presidente:

O Iraque não é Saddam. São 22 milhões de mães e filhos, e de homens que trabalham e sonham como fazem os comuns norte-americanos. Preocupamo-nos com os males do regime de Saddam Hussein que são reais. Mas esquece-se oshorrores da primeira guerra do Golfo em que perderam a vida mais de150 000 homens. O que está destruindo massivamente os iraquianos não são as armas de Saddam. São as sanções que conduziram a uma situação humanitária tão grave que dois coordenadores para ajuda das Nações Unidas (Dennis Hallidaye Hans Von Sponeck) pediram a demissão em protesto contra essas mesmassanções. Explicando a razão da sua renúncia, Halliday escreveu:
"Estamos destruindo toda uma sociedade. É tão simples e terrível como isso. E isso é ilegal e imoral". Esse sistema de sanções já levou à morte meio milhão de crianças iraquianas.

Mas a guerra contra o Iraque não está para começar. Já começou há muito tempo. Nas zonas de restrição aérea a Norte e Sul do Iraque acontecem continuamente bombardeamentos desde há 12 anos. Acredita-se que 500 iraquianos foram mortos desde 1999. O bombardeamento incluiu o uso massivo de urânio empobrecido (300 toneladas, ou seja 30 vezes mais do que o usado no Kosovo). Livrar-nos-emos de Saddam. Mas continuaremos prisioneiros da lógica da guerra e da arrogância. Não quero que os meus filhos (nem os seus) vivam dominados pelo fantasma do medo. E que pensem que, para viverem tranquilos, precisam de construir uma fortaleza. E que só estarão seguros quando se tiver que gastar fortunas em armas. Como o seu país que despende 270 000 000 000 000 dólares (duzentos e setenta biliões de dólares) por ano para manter o arsenal de guerra. O senhor bem sabe o que essa soma poderia ajudar a mudar o destino miserável de milhões de seres.

O bispo americano Monsenhor Robert Bowan escreveu-lhe no final do ano passado uma carta intitulada "Porque é que o mundo odeia os EUA ?" O bispo da Igreja Católica da Florida é um ex - combatente na guerra do Vietname.

Ele sabe o que é a guerra e escreveu: "O senhor reclama que os EUA são alvo do terrorismo porque defendemos a democracia, a liberdade e os direitos humanos. Que absurdo, Sr. Presidente ! Somo salvos dos terroristas porque, na maior parte do mundo, o nosso governo defendeu a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos dos terroristas porque somos odiados. E somos odiados porque o nosso governo fez coisas odiosas. Em quantos países agentes do nosso governo depuseram líderes popularmente eleitos substituindo-os por ditadores militares, fantoches desejosos de vender o seu próprio povo às corporações norte-americanas multinacionais ?

E o bispo conclui:

O povo do Canadá desfruta de democracia, de liberdade e de direitos humanos, assim como o povo da Noruega e da Suécia.
Alguma vez o senhor ouviu falar de ataques a embaixadas canadianas, norueguesas ou suecas?
Nós somos odiados não porque praticamos a democracia, a liberdade ou os direitos humanos. Somos odiados porque o nosso governo nega essas coisas aos povos dos países do Terceiro Mundo, cujos recursos são cobiçados pelas nossas multinacionais."

Senhor Presidente:

Sua Excelência parece não necessitar que uma instituição internacional legitime o seu direito de intervenção militar. Ao menos que possamos nós encontrar moral e verdade na sua argumentação. Eu e mais milhões de cidadãos não ficamos convencidos quando o vimos justificar a guerra. Nós preferíamos vê-lo assinar a Convenção de Kyoto para conter o efeito de estufa. Preferíamos tê-lo visto em Durban na Conferência Internacional contra o Racismo. Não se preocupe, senhor Presidente. A nós, nações pequenas deste mundo, não nos passa pela cabeça exigir a vossa demissão por causa desse apoio que as vossas sucessivas administrações concederam apoio a não menos sucessivos ditadores. A maior ameaça que pesa sobre a América não são armamentos de outros. É o universo de mentira que se criou em redor dos vossos cidadãos. O perigo não é o regime de Saddam, nem nenhum outro regime. Mas o sentimento de superioridade que parece animar o seu governo. O seu inimigo principal não está fora. Está dentro dos EUA.
Essa guerra só pode ser vencida pelos próprios americanos. Eu gostaria de poder festejar o derrube de Saddam Hussein. E festejar com todos os americanos. Mas sem hipocrisia, sem argumentação e consumo de diminuídos mentais. Porque nós, caro Presidente Bush, nós, os povos dos países pequenos, temos uma arma de construção massiva: a capacidade de pensar.

Quem é Mia Couto?


Mia Couto
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa

Mia Couto (1955- ) é o nome literário de um dos escritores moçambicanos mais conhecidos no estrangeiro. António Emílio Leite Couto ganhou o nome Mia do irmãozinho que não conseguia dizer "Emílio". Segundo o próprio autor a utilização deste apelido tem a ver com sua apaixão pelos gatos e desde pequeno dizia a sua família que queria ser um deles.

Nasceu na Beira, a segunda cidade de Moçambique, em 1955. Ele disse uma vez que não tinha uma "terra-mãe" - tinha uma "água-mãe", referindo-se à tendência daquela cidade baixa e localizada à beira do Oceano Índico para ficar inundada...

Iniciou o curso de Medicina ao mesmo tempo que se iniciava no jornalismo e abandonou aquele curso para se dedicar a tempo inteiro à segunda ocupação. Foi director da Agência de Informação de Moçambique e mais tarde tirou o curso de Biologia, profissão que exerce até agora.
[editar]

Biobibliografia

Estreou-se no prelo com um livro de Poesia - Raiz de Orvalho, publicado em 1983. Mas já antes tinha sido antologiado por outro dos grandes poetas moçambicanos, Orlando Mendes (outro biólogo), em 1980, numa edição do Instituto Nacional do Livro e do Disco, resultante duma palestra na Organização Nacional dos Jornalistas (actual Sindicato), intitulada "Sobre Literatura Moçambicana".

Em 1999, a Editorial Caminho (que publica em Portugal as obras de Mia) relançou Raiz de Orvalho e outros poemas que, em 2001 teve sua 3ª edição.

Depois, estreou-se nos contos e numa nova maneira de falar - ou "falinventar" - português, que continua a ser o seu "ex-libris". Nesta categoria de contos publicou:

* Vozes Anoitecidas (1ª ed. da AEMO, em 1986; 1ª ed. Caminho, em 1987; 8ª ed. em 2006; Grande Prémio da Ficção Narrativa em 1990, ex aequo)
* Cada Homem é uma Raça (1ª ed. da Caminho em 1990; 9ª ed., 2005)
* Estórias Abensonhadas (1ª ed. da Caminho, em 1994; 7ª ed. em 2003)
* Contos do Nascer da Terra (1ª ed. da Caminho, em 1997; 5ª ed. em 2002)
* Na Berma de Nenhuma Estrada (1ª ed. da Caminho em 1999; 3ª ed. em 2003)
* O Fio das Missangas (1ª ed. da Caminho em 2003; 4ª ed. em 2004)

Para além disso, publicou em livros, algumas das suas crónicas, que continuam a ser coluna num dos semanários publicados em Maputo, capital de Moçambique:

* Cronicando (1ª ed. em 1988; 1ª ed. da Caminho em 1991; 7ª ed. em 2003; Prémio Nacional de Jornalismo Areosa Pena, em 1989)
* O País do Queixa Andar (2003)
* Pensatempos. Textos de Opinião (1ª e 2ª ed. da Caminho em 2005)

E, naturalmente, não deixou de lado a novela, tendo publicado:

* Terra Sonâmbula (1ª ed. da Caminho em 1992; 8ª ed. em 2004; Prémio Nacional de Ficção da AEMO em 1995; considerado por um juri na Feira Internacional do Zimbabwe, um dos doze melhores livros africanos do século XX)
* A Varanda do Frangipani (1ª ed. da Caminho em 1996; 7ª ed. em 2003)
* Mar Me Quer (1ª ed. Parque EXPO/NJIRA em 1998, como contribuição para o pavilhão de Moçambique na Exposição Mundial EXPO '98 em Lisboa; 1ª ed. da Caminho em 2000; 8ª ed. em 2004)
* Vinte e Zinco (1ª ed. da Caminho em 1999; 2ª ed. em 2004)
* O Último Voo do Flamingo (1ª ed. da Caminho em 2000; 4ª ed. em 2004; Prémio Mário António de Ficção)
* O Gato e o Escuro, com ilustrações de Danuta Wojciechowska (1ª ed. da Caminho em 2001; 2ª ed. em 2003)
* Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra (1ª ed. da Caminho em 2002; 3ª ed. em 2004; rodado em filme pelo português José Carlos Oliveira)
* A Chuva Pasmada, com ilustrações de Danuta Wojciechowska (1ª ed. da Njira em 2004)
* O Outro Pé da Sereia (1ª ed. da Caminho em 2006)

Muitos destes livros estão traduzidos em alemão, francês, inglês e italiano.

Em 1999, Mia Couto recebeu o Prémio Vergílio Ferreira, pelo conjunto da sua obra.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Spice Girls

Excelente!!!!!!
Palestra sobre motivação

Você se sente desmotivado? Esta palestra mostra que não devemos desanimar mesmo diante das maiores dificuldades. Demora um pouco para carregar o video, mas é ótima!

sexta-feira, agosto 18, 2006

Propostas para melhorar o trânsito de Nova Friburgo

O acidente com um caminhão ocorrido segunda-feira, 14, na Avenida Rui Barbosa, e que provocou um grande engarrafamento entre Conselheiro Paulino e o Centro, continua repercutindo devido aos transtornos causados aos motoristas e à população em geral. A reclamação maior dos motoristas era a falta de opções para contornar o local do acidente, um trecho da RJ-116 que tem grande fluxo de veículos a qualquer hora do dia. Essa avenida é um verdadeiro funil, para onde converge todo o trânsito da direção Duas Pedras-Centro e com qualquer problema no trânsito as conseqüências são enormes.
Mas deve-se frisar que problemas no trânsito em Nova Friburgo não se resumem ao eixo rodoviário urbano. Visando solucionar ou minorar esses problemas, o vice-presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Nova Friburgo (Aeanf), arquiteto Sérgio Seixas, veio ao jornal informar que entregou sugestões por escrito ao diretor da Autran, Juares Alves, durante a edição do programa Hora Técnica transmitido pela TV Zoom (sistema a cabo RCATV, canal 14) no mês de abril. Além do apresentador, engenheiro Zury Maurer, também participou daquele programa o diretor operacional da Autran, Arnaldo Caputo.
O documento representa a opinião da Aeanf e cita que as soluções para os problemas de trânsito em Nova Friburgo devem ser precedidas de estudos técnicos, levando em consideração a possibilidade da construção da rodovia de contorno, além de outras soluções definitivas a serem executadas pelo governo do estado, em face da passagem da RJ-116 na zona urbana.
Mas até que essas soluções sejam implementadas, torna-se de suma importância que o poder municipal tome algumas medidas que evitem as constantes retenções que, além de causar prejuízos financeiros, colocam em risco a segurança da comunidade.
No documento é citado que se considerarmos as localizações das instituições de saúde, emergência e segurança, conclui-se que todas dependem da Avenida Rui Barbosa. São os hospitais São Lucas, Unimed, Day Hospital, Novacór e Raul Sertã; Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e a Delegacia Regional de Polícia Civil.
AS MEDIDAS - No documento apresentado por Sérgio Seixas a Juares Alves foram elencandas as providências que poderiam ser consideradas pela Autran em seus estudos, viabilizando aqueles que não dependem de maiores gastos. São elas:
1 – Chegada do Amparo: projetar acesso à Avenida Costa e Silva na direção da divisa entre o Sesc e a PM;
2 – Aumentar a largura da Rua Ramalho Ortigão, melhorando a curvatura da esquina em terrenos da PM;
3 – Criar a entrada para emergência no HMRS pela Rua General Osório e saída exclusiva para ambulâncias do Corpo de Bombeiros pela Rua Santa Izabel;
4 – Proporcionar condições para estacionamento do Sesc em terrenos pertencentes à Rede Ferroviária Federal (desapropriado pela Prefeitura para a construção de uma escola);
5 – Manter a Rua Prudente de Moraes com duas mãos, bifurcando ao chegar a Duas Pedras;
6 – Instituir mão única na Rua Henrique Zamith no sentido entre a ponte e a General Osório;
7 – Instituir mão única na Rua General Osório no sentido entre Henrique Zamith e Rua Sete de Setembro (e não mão dupla como citado na reportagem de terça-feira, 15);
8 – Inverter mãos de direção nas ruas Carlos Magno do Valle e José Antônio Alves (Colégio Nossa Senhora das Mercês);
9 – Inverter mão de direção nos terrenos do Colégio Anchieta;
10 – Manter a mão de direção da General Osório no sentido Praça do Suspiro até a Rua Aristão Pinto;
11 – Manter mão dupla de direção na Rua General Osório entre Henrique Zamith e Prudente de Moraes;
12 – Projetar novo trevo para Duas Pedras, com a possibilidade de usar, entre outras, a área de estacionamento da rodoviária norte;
13 – No eixo rodoviário criar recuos para paradas de ônibus desde Duas Pedras até o Paissandu;
14 – Projetar terceira pista ao longo das avenidas que mageiam o Rio Bengalas;
15 – Aproveitando as fundações da antiga ponte de ferro criar acesso para carros de emergência atingirem a estrada de acesso a Amparo, na Haga;
16 – Em função da inversão de mão na General Osório será necessário criar linha circular de microônibus, retornando pela Henrique Zamith;
17 – Ligar a Rua Augusto Spinelli à Carlos Éboli;
18 – Inverter a mão das ruas Fernando Bizzotto e Oliveira Botelho, que com a modificação já executada na Avenida Ariosto Bento de Mello daria mais equilíbrio, tanto na Avenida Alberto Braune quanto na Prefeito José Eugênio Müller e Comte Bittencourt;
19 – Projetar acesso a Olaria para os veículos provenientes do viaduto, seguindo pela Rua Padre Sabóia de Medeiros até atingirem a Avenida Campesina Friburguense e dobrando na Comandante Ribeiro de Barros;
20 – O acesso à Rua Gonçalves Dias (cemitério), para quem vem da Avenida Alberto Braune deverá ser feito pela Rua Comandante Ribeiro de Barros, Avenida Campesina e Rua Leuenroth;
21 – Inverter a mão de direção da Rua Pastor Meyer, de modo a criar saída juntamente com a Rua Trajano de Almeida, no sinal próximo à Igreja Luterana;
22 – Criar pista subindo a Rua Nilo Peçanha (estacionamento da Arp) e saindo próximo ao viaduto em terrenos do Sanatório Naval;
23 – Fechar o acesso do Paissandu à Rua Leuenroth;
24 – Na Avenida Euterpe Friburguense as vagas perpendiculares foram previstas no lado direito, portanto, em frente ao Fórum as vagas da OAB deverão ir para aquele lado, o que possibilitará voltar a largura da calçada para dois metros e ainda manter, como no projeto inicial, um recuo para estacionamento longitudinal. Para o ponto de frete há lugar na margem do Bengalas próximo à Haga;
25 – Criar estacionamento rotativo no Centro;
26 – Isentar de ISS os estacionamentos rotativos particulares;
27 – Incentivar a construção de edifícios garagem em locais de interesse da Autran;
28 – Incentivar o uso da Rua Prefeito José Eugênio Müller, que só deverá ter estacionamento do lado esquerdo;
29 – Posicionar sinal luminoso na esquina de Eugênio Müller com Dante Laginestra;
30 – Colocar luminoso sugerindo vias alternativas:
a) Na Ypu, para Santa Elisa;
b) Na Timken (antiga Torrington), para Vale dos Pinheiros;
31 – Fazer a interligação entre a Rua José Tessarollo Santos e Alameda Eduardo Guinle (Vale dos Pinheiros);
32 – Projetar ligações entre Olaria-Ponte da Saudade e Cascatinha–Theodoro de Oliveira;
33 – Melhorar traçados da Avenida Nossa Senhora do Amparo, Estrada do Girassol e Rua Visconde de Itaboraí, entre outras.
Sérgio Seixas crê que, com essas medidas, acidentes como o de segunda-feira não teriam conseqüências tão grandes, não transtornando ou minimizando os problemas para os motoristas friburguenses.

CorreioWeb - Últimas Notícias

Heloísa Helena está se tratando com acupuntura!

sexta-feira, agosto 11, 2006

Eu com 4 anos


Eu com 4 anos
Originally uploaded by Marcelo Guerra.
Adorava subir na goiabeira!

Criadores de Possibilidades



Agenda
Programa Criadores de Possibilidades. Conheça e participe!

Globo Online - Polícia desmantela duas quadrilhas de traficantes de classe média em Niterói

Globo Online - Polícia desmantela duas quadrilhas de traficantes de classe média em NiteróiEsse é o tipo de boa notícia. Mostra o que todos já sabiam, que traficante não existe só nas favelas.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Deu na Folha de São Paulo...

RUBEM ALVES

"Velhos do Brasil, uni-vos!"
Uma das qualidades fundamentais do presidente da República terá de
ser o seu respeito pelos velhos

TENHO MUITOS amigos que se apaixonaram por aquelas duas letrinhas,
PT, criança promissora quando nasceu, quem sabe um Messias. Para não
magoá-los impus-me um "silêncio obsequioso", por medo de que minhas
idéias pudessem abalar nossa amizade. Mas, por vezes, o "silêncio
dos intelectuais" é o mesmo que falta de integridade.
Fatos políticos trouxeram da minha memória uma fábula escrita por
George Orwell, "A revolução dos bichos". Vou recordá-la. Os bichos,
liderados pelos porcos, fizeram uma revolução na fazenda em que
viviam para se livrar da opressão do fazendeiro que os explorava. Os
porcos tinham razões de sobra para serem os líderes da revolução.
Eram os animais mais sacrificados. Eram engordados para se
transformarem em lingüiça, torresmo, toucinho, lombo, leitoa assada,
pernil assado... Aconteceu, entretanto, que no decorrer do processo
revolucionário uma importante mudança aconteceu: os porcos começaram
a ver que o fazendeiro e seus empregados não eram tão ruins quanto
pareciam. Na verdade, havia interesses comuns que permitiam que com
eles se fizessem proveitosas alianças. A última cena do livrinho é
assim: a bicharada, do lado de fora, olha através da janela da casa
do fazendeiro. Lá dentro acontecia uma festa para celebrar um novo
pacto político de cooperação entre fazendeiros e porcos. E os
bichos, perplexos, olhavam para o fazendeiro, olhavam para os
porcos, e não conseguiam saber quem era quem: o fazendeiro tinha
focinho de porco e os porcos fumavam charutos como o fazendeiro...
Essa história me veio à mente quando vi uma foto em que o presidente
Lula, sorridente, abraçava o sr. Orestes Quércia. Chegou-me agora
uma informação assombrosa: a de que o PT apóia o sr. Newton Cardozo
como candidato ao senado por Minas. Aí fiquei como os bichos, sem
saber quem era quem...
Mas agora fui diretamente atingido pelo presidente. Comentando o
apoio de Itamar Franco ao sr. Geraldo Alckmin ele zombou do
acontecido sob o argumento de que Itamar Franco, por ser um velho de
76 anos, não merece ser levado a sério. Não merece ser levado a
sério não por incompetência ou corrupção mas por ser um velho de 76
anos. Então, todos os velhos não merecem ser levados a sério. Os
velhos pertencem ao grande grupo dos excluídos!
Quem diria! Há cerca de algumas semanas Lula foi recebido com honras
pelos idosos que participavam de um "Encontro Nacional de Terceira
Idade", em Brasília. E ele está sorridente... Velhos podem votar...
Acontece que sou velho. Tenho 72 anos. Excluído do círculo dos
inteligentes pela minha idade, o que penso e escrevo não merece ser
levado em consideração. A opinião do Lula sobre os velhos, é ela
produto de ignorância? Tudo indica que sim. Para afirmar o que
afirmou ele teria de ter ignorado o Millôr, a Cora Coralina, D.
Felix de Casaldáliga, Oscar Niemeyer, Jorge Amado, Dorival Caymmi, a
Mãe Menininha de Gantois... Ou terá sido por preconceito?
Ignorância ou preconceito, não importa. Para mim, uma das qualidades
fundamentais do presidente da República terá de ser o respeito pelos
velhos. Os velhos têm a lucidez daqueles que nada têm a perder
porque já estão vivendo no tempo de morrer. Por isso lanço aqui o
meu grito: "Velhos do Brasil! Uni-vos!"

segunda-feira, agosto 07, 2006

Globo Online - Ataques deixam quatro feridos em SP

Globo Online - Ataques deixam quatro feridos em SP
Mais uma onda de atentados terroristas em São Paulo. Eu não consigo entender o porquê dos governos federa e estadual não se unirem para enfrentar este problema. Não é só oportunismo eleitoral dos dois lados, pois ambos têm produtores de discursos e press releases muito eficientes para colorir a situação de acordo com o freguês. O que não pode é a população ficar exposta deste jeito!