quinta-feira, novembro 22, 2007

200 orgasmos por dia!!!!!!


O barulho do trem, o som do secador de cabelo, o movimento ritmado de uma fotocopiadora. Elementos comuns da vida moderna, não é mesmo? Eles podem até provocar estresse. Não para a britânica Sarah Carmen, de 24 anos. Tudo isso faz com que a mulher obtenha, em um dia normal, cerca de 200 orgasmos, segundo informação do jornal "News of the World". Eu disse 200! Duzentos! A cada sete minutos, a moça tem um orgasmo!

Calma, Sarah não é uma ninfomaníaca. Ela sofre de uma doença bastante incomum chamada de Síndrome de Excitação Sexual Persistente (PSAS, na sigla em inglês), que a deixa bastante excitada por longos períodos mesmo sem ter qualquer estímulo. A síndrome leva ao aumento do fluxo sanguíneo para os órgãos sexuais.

"Quando tudo começou, aos 19 anos, meu namorado estranhou a quantidade de orgasmo que eu atingia durante o ato sexual", contou a esteticista britânica, que trabalha em um salão de Londres. "Em 6 meses eu consegui 150 orgasmos por dia, e as vezes até chegava 200", completou.

Sarah conta que o seu apetite sexual afasta os homens, que, segundo ela, não agüentam o ritmo e, em alguns casos, sentem-se frustrados por não fazer quase esforço para que a mulher chegue ao clímax.

Durante a entrevista de 40 minutos dada ao repórter Matthew Acton, a britânica "chegou lá" cinco vezes. As circunstâncias não foram esclarecidas...

Rio ganhará sete escolas técnicas federais até 2010


RIO - O governo federal vai construir sete escolas técnicas no estado do Rio de Janeiro até 2010. O Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica está construindo as unidades de ensino nas cidades-pólo de Angra dos Reis, Cabo Frio, Itaperuna, Volta Redonda, Petrópolis, Duque de Caxias e Nova Friburgo. O estado já tem 12 instituições tecnológicas.

Serão aproveitados os arranjos produtivos locais de cada região - turismo (Angra dos Reis); confecções e turismo (Cabo Frio); confecções (Itaperuna); metal-mecânico, eletroeletrônica e confecções (Volta Redonda); confecções e móveis (Petrópolis); polímeros (Duque de Caxias); confecções, floricultura e turismo (Nova Friburgo).

A expansão da rede de educação profissional está prevista no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril pelo Ministério da Educação. A proposta determina a construção de 150 escolas técnicas em todo o país. Os municípios que receberão as instituições foram definidos para atender localidades no interior do Brasil e periferias dos grandes centros urbanos. Foram considerados os arranjos produtivos locais, de forma a reduzir a saída dos alunos em direção às grandes cidades e aproveitar a infra-estrutura da região.

Para apresentar o PDE no Rio de Janeiro e garantir a participação do estado e dos seus 92 municípios, o ministro Fernando Haddad visita a capital fluminense nesta quinta-feira.

Interiorização das Universidades Federais


O Ministério da Educação (MEC) prometeu nesta quarta-feira (21) cinco novos campi vinculados às universidades federais do Rio de Janeiro. Segundo dados da assessoria de imprensa do MEC, serão investidos R$ 42,5 milhões nos campi da Universidade Federal Fluminense (UFF buscar) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ buscar), com oferta de 10.180 vagas.

O projeto prevê um campus em Volta Redonda, vinculado à UFF e com 2.560 vagas nos cursos de administração de empresas; engenharias de produção, mecânica, metalúrgica, agronegócio; gestão pública e ciências contábeis. A unidade terá o objetivo de investir em pesquisa no campo da tecnologia e da qualificação para gestão sustentável. Até o final de 2009, estão previstos R$ 9,86 milhões para a construção do campus.

Em Nova Friburgo, também vinculado à UFF, estão previstas 1.500 vagas para 2009, com investimentos de R$ 3,7 milhões até o final de 2008. Os cursos do município devem ser nas áreas de odontologia, farmácia e biomedicina.

O campus de Rio das Ostras, ligado à UFF, deve receber R$ 9,85 milhões até o final de 2009 para a implementação da unidade. Estão planejadas 2.120 vagas nos cursos de ciência da computação, engenharia de produção, psicologia, produção cultural, serviço social e enfermagem.

Em Nova Iguaçu, o campus, que será vinculado a UFRRJ, deverá ofertar 2.400 vagas em 2008 nos cursos de administração, ciências econômicas, história, matemática (licenciatura) e bacharelado, pedagogia e turismo.



Ao todo, estão prometidos investimentos de R$ 10,7 milhões até o final de 2007 para atender à demanda do município por cursos de graduação públicos. Nova Iguaçu possui cerca de 122 mil jovens entre 18 a 24 anos, sendo que mais de 200 mil habitantes têm menos de 18 anos.

O campus de Três Rios, ligado à UFRRJ, deverá oferecer 1.600 vagas em 2009, com investimentos de R$ 8,38 milhões. Os cursos serão de administração, ciências econômicas, gestão ambiental, turismo e direito.

A expansão das universidades federais está prevista no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril pelo Ministério da Educação. Para inaugurar o PDE no Rio de Janeiro e garantir a participação do estado e dos seus 92 municípios, o ministro Fernando Haddad visita a capital fluminense nesta quinta-feira (22).

Sobre Feriados


J. Roberto Whitaker Penteado
(Editor da Revista ESPM)

E havendo Deus acabado sua obra, descansou no sétimo dia.
- Gênese

Acho que foi a primeira vez, na história recente, que ocorreu uma "ponte dupla" de feriados, e - quase todos - descansamos durante 6 dias seguidos. A honestidade não me deixa afirmar, contudo, que tenha sido uma experiência desagradável.

O tempo extra permitiu-me, por exemplo, fazer umas pesquisas, para registrar que são 12 os feriados oficiais, no Brasil. Sete deles são cristãos, católicos. O nascimento, a morte e a ressurreição de Jesus respondem por três. Os demais são os 2 do carnaval (há quem sustente que são datas "pagãs"), o dia da padroeira do Brasil e finados, escolhido pela Igreja no dia seguinte à festa de todos os santos, desde o século 13. Há dois feriados "leigos": a confraternização dos povos, em 1º de janeiro, e o dia do trabalho, no 1º de maio. Este é uma homenagem da Internacional Socialista aos mártires de uma greve, em Chicago, que ocorreu naquela data, no ano de 1886. É curioso que, apesar disso, os americanos festejem o seu labor day na primeira segunda-feira de setembro: uma invenção da CUT lá deles. Os 3 outros feriados são "históricos" celebram a morte de Tiradentes, em 1792; o "grito" da independência, no 7 de setembro de 1822 e a transformação do país em república, em 15 de novembro de 1889, diante do "bestificado" povo do Rio - como conta Aristides Lobo.

Há muitos feriados municipais, mas SP e Rio, nossas 2 principais cidades, são comedidas. SP celebra 3: a fundação da cidade, em 25 de janeiro de 1554; a revolução contra o governo central, pela constituição, em 9 de julho de 1932 e o novo dia "da consciência negra", escolhido em 20 de novembro para marcar a morte de Zumbi dos Palmares, no ano de 1695. O Rio, quatro: o de Zumbi (foi lá que surgiu), o dia do comércio (!) na 3ª segunda-feira de outubro e mais 2 religiosos (coisa que eu não sabia): S. Sebastião, padroeiro da cidade, em 20 de janeiro e o dia de S. Jorge: 23 de abril.

Contrariamente ao que se pensa, o Brasil não tem mais feriados do que os paises "desenvolvidos". Nos EUA o número é mais ou menos igual e, na França e no Japão, são em número bem maior do que aqui.

Fiz uma descoberta curiosa: as palavras féria e feira têm a mesma origem latina, e "féria" não é, necessariamente, um dia de descanso (teor que subsiste na expressão "féria" como resultado pecuniário do labor diário) - mas um dia de atividades e festejos, como eram as feiras populares e as quermesses.

E outra curiosidade: o português é o único idioma ocidental em que os dias de trabalho são designados como feiras. A coisa vem do tempo dos romanos. A "primeira feira" era, originalmente, no domingo, já que o dia oficial do descanso de Deus foi o shabbat hebreu. O imperador Flavio Constantino, contudo, já na era cristã, trocou o nome de primeira feira para Dies Dominica, dedicando um segundo dia de descanso (ou homenagem) ao deus dos cristãos. Mas parece que a "semana inglesa" só foi adotada bem recentemente, na segunda metade do século 20. E perdoem-me, mas não achei, no Google, uma origem para esta expressão...

quarta-feira, novembro 21, 2007

Trabalhemos menos, trabalhemos todos


Retirado do Blog do Emir Sader
Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais mas nada é mais marcante do que a nossa capacidade de trabalhar, de transformar o mundo segundo nossa qualificação, nossa energia, nossa imaginação. Ainda assim, para a grande maioria dos homens, o trabalho nada mais é que puro desgaste de suas vidas. Na sociedade capitalista, a produtividade do trabalho aumentou simultaneamente a uma tão forte rotinização, apequenamento e embrutecimento do processo de trabalho que já não há nada que mais nos desagrade do que trabalhar. Preferimos, a grande maioria, fazer o que temos em comum com os outros animais: comer, dormir, descansar, acasalar.

Não foi descoberta de Marx e sim de Adam Smith e de David Ricardo que o valor dos produtos não vem da terra, nem dos metais preciosos, nem da tecnologia, mas do trabalho humano. Daí o lugar essencial que ele tem nas nossas sociedades, ou que deveria ter.

Nossa capacidade de trabalho, esta potência humana de transformação e emancipação de todos, ficou limitada a ser apenas o nosso meio de ganhar o pão. Capacidade, potência, criação, o trabalho foi transformado pelo capital no seu contrário. Tornou-se instrumento de alienação no sentido clássico da palavra: como ato de entregar ao outro o que é nosso, nosso tempo de vida. De produzir para que outros se apropriem do que produzimos, para que outros decidam o que produzimos, como produzimos, para quem produzimos e a que preço será vendido.

A maioria esmagadora dos brasileiros – e de toda a humanidade – vive do seu trabalho. Vive para trabalhar e trabalha para viver. A esmagadora maioria gasta a vida em atividades que não lhes interessa, às quais se submete porque precisa manter-se viva. Para a maioria, sobreviver tornou-se uma forma de vida: sair de casa cedinho, retornar doze horas depois, após uma jornada esfalfante de um trabalho desinteressante, repetitivo, extenuante, para ter apenas o tempo de se recompor para voltar a repetir, mecanicamente, a mesma jornada no dia seguinte e nos outros dias, pelo resto dos dias da sua vida. E ainda precisa agradecer quando consegue ter e manter um tal trabalho!

Os que vivem esse cotidiano são os que mais precisariam de tempo e de conhecimento para decifrar esse imenso mistério de viver trabalhando loucamente apenas para se manter pobre, enquanto os que não trabalham enriquecem às suas custas. Mas são eles os que menos dispõem de tempo e de conhecimento. O rico não é apenas aquele que desfruta mais e melhores bens materiais, mas é também aquele que dispõe do seu tempo, até para não fazer nada.

As centrais sindicais brasileiras desenvolvem uma campanha pela diminuição da jornada de trabalho. Não pode haver campanha mais justa e humanista. Que os trabalhadores, os que produzem todas as riquezas do Brasil e do mundo, possam trabalhar menos e viver mais, até para que outros possam ter acesso ao trabalho formal e dignamente remunerado. Não se combate o desemprego apenas abrindo novas frentes de trabalho. É indispensável – como faz a proposta de reforma constitucional do governo venezuelano, que diminui a jornada de trabalho de oito para seis horas – diminuir a jornada de trabalho. Diminuir as horas de trabalho para que os trabalhadores possam dispor de um tempo para a família, o lazer, o descanso, a leitura, a luta coletiva. Para que decidam o que querem fazer com ao menos uma parte das suas vidas.

Valorizar o trabalho, valorizar o mundo do trabalho, valorizar os trabalhadores – são os grandes ideais humanistas do nosso século. A desumanização do trabalho é a desumanização do homem, da sua capacidade criativa, imaginativa, humanizadora do mundo. Um mundo à imagem e semelhança dos nossos melhores sonhos só poderá ser construído pelo trabalho livre, desalienado, escolhido pelos homens.

Precisamos caminhar para uma sociedade onde o trabalho seja instrumento de emancipação, onde o conhecimento seja instrumento de desalienação e onde os homens vivam através do trabalho que realizam de forma solidária e cooperativa e não mais para serem explorados, ofendidos, humilhados, oprimidos.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Tenha cuidado no orkut, recomenda pesquisa

Felipe Zmoginski, do Plantão INFO
SÃO PAULO - Estudo do grupo inglês Get Safe Online revelou que cresce o número de golpes contra usuários de redes sociais.

O estudo revela que internautas com perfis em redes sociais como MySpace, Facebook ou orkut estão mais suscetíveis a golpes e fraudes online.

De posse de informações como a data de aniversário ou a cidade onde o usuário vive, fica mais fácil para scammers e crackers falsificar cartões de crédito, tomar empréstimos ou aplicar outros tipos de golpes contra as vítimas.

A Get Safe Online apontou que, entre usuários de internet no Reino Unido, o porcentual de vítimas de golpes online cresce entre os internautas com perfil em redes sociais, em comparação com internautas que não divulgam dados nestas redes

Pesquisa mapeia discurso neonazista na internet


PAULO CÉSAR NASCIMENTO

O uso da rede mundial de computadores por neonazistas como espaço para disseminação do racismo e para defesa do ideário da raça ariana é o tema central de dissertação de mestrado apresentada na semana passada no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. Em Os Anacronautas do Teutonismo Virtual: uma etnografia do neonazismo na Internet, a antropóloga Adriana Abreu Magalhães Dias, orientada pela professora doutora Maria Suely Kofes, investiga e mapeia com profundidade o universo subversivo de sites, portais, comunidades, fóruns, chats, blogs e listas de discussão que abordam a temática racista e revisionista (que tenta invalidar a veracidade histórica do holocausto na Segunda Guerra Mundial e o número de judeus mortos por agentes nazistas).

Sites foram denunciados ao Ministério Público

A minuciosa análise etnográfica das práticas e representações discursivas expostas por ativistas no cyberespaço e a interpretação de elementos mitológicos evidentes no material fartamente disponível, permitiu à pesquisadora constatar que, nos sites analisados, o neonazismo articula mitos, narrativas e rituais em uma estratégia para preservar o teutonismo, ou a homogeneidade absoluta das raças germânicas, conforme a ideologia propagada por Adolf Hitler e seus simpatizantes.

“Os sites observados são profundamente demarcados por um léxico racista e pela ideologia neonazista, que retoma símbolos, mitos e propostas jurídicas, religiosas e políticas do nacional-socialismo”, atesta Adriana. “Os autores constroem e atualizam mitos, inscrevendo na palavra raça uma relação simbólica, polissêmica, enraizada numa ideologia saturada de anacronismo, contradições, ódio e insegurança, ideologia esta que os pretende heróis. Daí nasceu a minha ironia: são os anacronautas, ou seja, anacrônicos, que se mitificam heróis de um tempo imemorial e pretendem resgatar a sua Germânia, ainda que virtualmente”, argumenta.
Extermínio – Para ela, a associação do neonazismo ao revisionismo expressa o racismo em sua radicalidade máxima, orientada por uma luta política que deseja implantar um “racismo de Estado”, conforme denominou Michael Foucault (filósofo francês morto em 1984, aos 58 anos). Nessa forma extremada de pensar, defendida pelos movimentos neonazistas, o Estado deve reunir e proteger a “raça” de seus inimigos, até mesmo por meios de exterminação, se necessário.

Portanto, os sites adotam discursos a fim de compor a seguinte proposta: se a “raça branca” está ameaçada, é preciso reagir. Qual a medida a ser tomada? Um cartaz pinçado por Adriana no site brasileiro Valhalla 88 oferece a sua alternativa:

“No impresso, a incitação ao homicídio é vista como ‘natural’ e a interdição ao casamento racial toma a forma de uma nova guerrilha. A montagem do cartaz sugere que cada visitante reaja violentamente à possibilidade de mistura racial, condensando assim os ideais de ódio expresso pelo discurso racista”, explica Adriana.

Em outro grande portal racista, o norte-americano National Alliance, ao casamento inter-racial é atribuído o valor de “pior que assassinato”. No site, vasto material racista é oferecido, até livros infantis para colorir com a história dos povos arianos.
Esses temas são recorrentes em quase 13 mil sites na Internet e em cerca de duas centenas de comunidades do Orkut, e, se em alguns países são considerados criminosos e retirados do ar, logo são repostos por uma rede que os mantêm praticamente intactos. Segundo a pesquisadora, a grande maioria dessas URLs (endereços de sites na rede) são cópias de cerca de quinhentas principais.

Doutrinação – Ela descobriu ainda que na grande maioria dos sites o ativismo é sugerido e incitado como uma espécie de iniciação, por meio da oferta de adesivos e pôsteres para serem impressos e utilizados: basta que cada pessoa faça o download dos cartazes e panfletos disponíveis no site, imprima algumas cópias destes e os distribua ou cole em locais onde serão lidos pelo maior número de pessoas possível: caixas de correio, inseridos no interior de livros em bibliotecas, espalhados em mesas de lanchonetes, gôndolas de supermercados, livrarias, entre outros.
“A distribuição da propaganda alcança o Povo Branco por duas maneiras: diretamente (através do próprio material) e indiretamente (pela resultante cobertura da mídia). Freqüentemente, mesmo uma pequena, mas bem direcionada, distribuição conduzida por um astuto ativista resulta em primeiras páginas de jornais e cobertura televisiva. Este ativismo construtivo é vitalmente importante, além, é claro, de ser muito divertido e altamente satisfatório!”, sinaliza um dos sites analisados.

Em outras comunidades e em inúmeros fóruns, temas que sensibilizam parcela significativa de internautas, principalmente mulheres, como aborto, estupro e pedofilia, funcionam como porta de entrada para a doutrinação racista. Posteriormente, à medida que navegam pelos sites que lançam mão desse ardil, deparam com indicações de links, literatura e arquivos para download em que a temática neonazista é apresentada.
“Movidas pelo ódio explícito, principalmente dirigido a judeus e a negros, ou pelo medo de que o futuro seja absolutamente ‘não-branco’, a rede racista se conecta a meio milhão de pessoas, que fazem da Internet um grande veículo de divulgação, comunicação, transmissão de arquivos, venda de produtos, enfim, uma grande estrutura para este movimento”, observa a antropóloga.


Campo minado – Adriana acabou pagando o preço pela coragem de pisar em terreno tão minado: foi bombardeada com ameaças em fóruns de discussões na internet durante a árdua coleta de dados para o seu trabalho. Indignada com a apologia criminosa das informações que encontrava nos sites, os denunciou ao Ministério Público. Por conta de ações judiciais, dela e de outros militantes, três sites brasileiros foram retirados do ar desde 2004: White Power SP, Loja ZyklonB e Valhalla88, este um dos sites mais acessados da América Latina, com 250 mil internautas.

“Foi um desafio intelectual e uma reafirmação de minha postura política: por um lado precisava explicá-los, por outro tinha de denunciar os crimes que cometiam”, pondera.
A elaboração da dissertação levou aproximadamente um ano e meio, mas há cerca de cinco anos ela desenvolve o exercício etnográfico em sites racistas, neonazistas e revisionistas, depois de se aproximar do tema pela primeira vez na pesquisa para a monografia da graduação.

Para compor o consistente estudo de 329 páginas, Adriana, além de mergulhar na internet, consultou vasta bibliografia acerca da Segunda Guerra Mundial e, em particular, a respeito do nacional-socialismo, entrevistou sobreviventes de campos de concentração, em São Paulo e em Curitiba, entrou em contato com o movimento negro e o movimento da memória do holocausto e conversou com procuradores, promotores e juízes que lidaram com o crime de racismo, inclusive o mediado por computadores, entre outras providências.

“Essa dissertação de mestrado, que bem se confunde com uma tese de doutorado, tem a importância política de permitir uma compreensão interna dos argumentos nazistas contemporâneos e não teme posicionar-se criticamente, e com exterioridade também, em relação ao seu objeto”, salienta a orientadora Suely Kofes. “É um exemplo a ser estimulado na Universidade entre pesquisa empírica, leitura e discussão teórica, e reflexão”.
A qualidade do trabalho permitiu a Adriana ser aprovada para o doutorado sem a necessidade de se submeter ao exame de seleção. Para a tese, ela se debruçará sobre o fenômeno do movimento neonazista e na sua relação com a construção da identidade germânica apresentada nos sites.

SC concentra maioria de ativistas no Brasil

No Brasil, crimes de ódio racial ainda são precariamente condensados em dados específicos, muitas vezes caracterizados apenas como lesão corporal, injúria ou até homicídio e não destacados como crimes de racismo, embora a Constituição Brasileira de 1988 o preveja como imprescritível e inafiançável, lembra Adriana.

Ainda assim, as estatísticas dos movimentos anti-racistas apontam para o fato de que pelo menos 90 mil pessoas estejam diretamente envolvidas em grupos neonazistas no país, cerca de metade disso apenas no Estado de Santa Catarina, aponta a pesquisa. O maior site neonazista brasileiro, o Valhalla88, tem sua sede em Santa Catarina e alcançou a significativa marca de 200 mil visitas diárias antes de ser retirado do ar, em agosto deste ano.

Ainda de acordo com o estudo, nos fóruns e nas comunidades do Orkut em que internautas se identificam com o programa de ódio do Valhalla88, a maior parte dos participantes (60%) se apresenta como de “sangue alemão”. Destes, 20% são também descendentes de italianos e, entre os restantes, 5% afirmam ser de origem sueca, norueguesa, belga, holandesa ou dinamarquesa. Há ainda 15% de origem “ancestral” italiana.

“A auto-garantia de uma origem européia, particularmente teutônica, é muito forte, principalmente nos internautas que se identificam como moradores de Santa Catarina, chegando a 48%, o que confirma os dados das ONGs anti-racistas”, afirma Adriana. “Um dado importante a ser recordado é que este Estado abrigou o maior núcleo de nazistas no Brasil na década de 30, seguido de perto pelo Rio Grande do Sul”, completa.

Sites endogâmicos driblam sistemas de busca

Em língua inglesa, portuguesa e espanhola (línguas nas quais Adriana é fluente), há na Internet cerca de 12,6 mil sites racistas, revisionistas e neonazistas, entre sites pessoais e institucionais, blogs, fóruns e, dentre os 800 mais acessados, ela escolheu para estudo os que mais links estabeleciam com outros sites, os que eram mais citados em artigos presentes em outros sites (ainda que não houvesse links no artigo), e os que disponibilizavam mais material para análise.
Da relação de blogs, selecionou os mais citados na rede identificada, os com mais material disponibilizado, quer em forma de artigo, quer em forma de gráfico, e os que forneciam mais links para outros pontos. Entre os fóruns, optou pelos que possuíam o maior número de participantes e temas mais diversificados. As escolhas resultaram num conjunto de 40 URLs.

Mais de 75% dos sites analisados apresentam versões para aquelas três línguas e mais de 40% oferecem fóruns ou textos em alemão. Outras línguas são também utilizadas em muitos deles (o italiano em 35% e o francês em cerca de 30% deles merecem destaque), e no geral, 80% dos sites construídos apresentam versões em outras línguas. Os dados coletados durante os dois primeiros anos de pesquisa (de 2002 a 2004) apontavam para cerca de 8 mil sites.

“Refiz os procedimentos de coleta nos últimos dois meses e constatei o aumento significativo. Isso se dá pela reprodução contínua de sites pela rede”, enfatiza.

Profundidade – Na construção da pesquisa, Adriana empregou ferramentas específicas de mensuração de conteúdo e de número de acessos dos sites, fóruns e blogs, e de tráfego de informações na Web, como as disponibilizadas pelo portal Alexa e pelo projeto Cibermétrica, da Universidade de Sydney (Austrália).
Os dados estatísticos revelaram que os sites, além de mais extensos e muito mais povoados de links que os blogs, são também muito mais profundos, para evitar que a maior parte de suas páginas seja alcançada pelos tradicionais sistemas de busca, como o Google.

“Os sites racistas são em geral muito densos, tanto em hipertextualidade (há páginas com mais de 500 links), como em multimídias (ícones, vídeos e imagens ocupam dezenas de bytes nos sites). Há muito mais links internos do que externos, dificultando a localização de grande parte do conteúdo, geralmente de caráter mais agressivo, por motores de busca”, descreve Adriana em sua dissertação.

Dessa maneira, a possibilidade de ser achado é menor, todo material está disponível no mesmo lugar e, se retirado do ar, basta colocar tudo de novo em um mirror (espelho, em linguagem computacional, ou cópia exata do site em outro endereço para permitir o acesso a informações que de outra forma não estaria disponível).

A densidade de links internos, contudo, deixa os sites visíveis para outros similares da rede, observa a antropóloga.

“O reforço de vínculos entre eles torna esses sites profundamente endogâmicos, o que confirma a idéia de que na verdade são vários sites em um, ou ainda um aglomerado de sites disponibilizados num mesmo lugar”, defende ela.

quinta-feira, novembro 08, 2007

TVs a cabo não poderão cobrar ponto extra

Brasília - A Anatel vai proibir as operadoras de TV de cobrar pelo ponto extra de TV em domicílios.

Representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o ministro das Comunicações, Hélio Costa, apresentaram, em audiência na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, o novo regulamento da agência, que, segundo eles, deverá garantir direitos de consumidores de serviços de TV por assinatura.

“O ministério [das Comunicações] está formatando políticas públicas e estamos concentrando os esforços dos nossos técnicos para movimentar a Anatel para fazer o acompanhamento da regulamentação, que já está estabelecida”, afirmou Costa.

Pelo novo regulamento, as operadoras de TV por assinatura não poderão cobrar pelo ponto adicional em uma mesma residência; será permitida a cobrança pela instalação, mas não pela programação. O consumidor também deverá ser ressarcido em dobro no caso de cobranças indevidas e terá direito a saber, com antecedência, de reajustes no preço dos serviços.

As novas regras também prevêem o direito à suspensão da assinatura por 30 dias uma vez por ano, no período de férias, em que o consumidor não utilizaria a TV por assinatura.

O novo regulamento da Anatel já foi submetido à consulta pública, mas a implementação depende da aprovação do Conselho de Comunicação Social, órgão formado por representantes de emissoras, universidades e da sociedade civil, vinculado ao Congresso Nacional. Entretanto, por falta de nomeação dos novos membros pela presidência do Senado, o conselho não se reúne há mais de um ano, o que pode dificultar a tramitação do novo regulamento, previsto para entrar em vigor em meados de 2008.

Na avaliação do ministro Hélio Costa, “passada a turbulência, o Senado vai ter condições de analisar de imediato os nomes que já estão apresentados para o conselho para poder tomar decisões importantes como essa”.

Novo recall atinge brinquedos que contêm droga perigosa



O Globo Online e Reuters

RIO - A Comissão de Segurança de Produtos para o Consumidor Americano determinou o recall de 4,2 milhões de brinquedos Bindeez, fabricados na China, que conteriam uma substância perigosa, chamada GHB , que é usada na droga colocada em bebidas de vítimas do golpe "boa noite cinderela". Mattel também anunciou um novo recall nesta semana .

Com o Bindeez, um brinquedo muito popular, as crianças montam desenhos colando minúsculas bolinhas coloridas com água.
Nos Estados Unidos, o elemento químico encontrado no brinquedo teria levado cinco crianças que ingeriram suas bolinhas a vomitar e perder a consciência. As autoridades australianas também anunciaram a proibição nacional da venda do produto, premiado brinquedo do ano no país, depois que três crianças foram hospitalizadas.

O Bindeez também é encontrado no Brasil, onde é distribuído pela empresa Long Jump, que faz até um concurso das "bolinhas mágicas que se juntam com água", para premiar as montagens mais criativas das crianças. O produto custa entre R$ 17 e R$ 20, nas principais lojas especializadas e de departamento. A distribuidora do brinquedo aqui ainda está avaliando as notícias para anunciar sua decisão.
Brinquedo prometia ser o best-seller deste Natal

Nos Estados Unidos, o brinquedo era vendido desde abril, com preços que oscilavam entre US$ 17 e US$ 30 e prometia ser o best-seller de vendas deste ano. Foi indicado recentemente pela rede Wal-Mart entre os 12 principais do Natal, mas, nesta quinta-feira, já tinha sido retirado da lista do site da rede de varejo e aparecia como "não disponível no estoque".

De acordo com os técnicos que realizaram os testes nestes brinquedos, a substância, uma vez metabolizada, transforma-se na droga GHB, disse à CNN o porta-voz da Comissão de Proteção ao Consumidor Americano, Scott Wolfson.
As crianças que ingerem as bolinhas podem entrar em coma, desenvolver problemas respiratórios ou ter convulsões - avisou.

- Quem tiver esses brinquedos em casa deve jogá-los fora - acrescentou Julie Vallese, outra porta-voz da comissão.

Pouco antes, a Comissão de Segurança de Produtos para o Consumidor Americano havia anunciado outro recall de 403 mil brinquedos fabricados na China, incluindo 380 mil carrinhos vendidos na rede de lojas Dollar General, devido aos altos níveis de chumbo encontrados na pintura dos produtos. Nos últimos meses, esse tem sido o principal problema dos brinquedos que sofreram recall. O chumbo é tóxico e pode acarretar graves problemas de saúde às crianças.

quarta-feira, novembro 07, 2007

ThePirateBay já testa sucessor do BitTorrent


Quarta-feira, 07 de novembro de 2007 - 12h43

BOSTON - O ThePirateBay está testando uma nova tecnologia de compartilhamento de arquivos que pode substituir o BitTorrent.

O site sueco ThePriteBay está desenvolvendo um novo padrão de software para downloads na internet, em uma iniciativa que poderia facilitar a troca de arquivos de mídia, o que é considerado ilegal em muitos países.

O Pirate Bay, http://thepiratebay.org, é o maior site bancado por publicidade entre os usuários do software BitTorrent.

O programa é um paradeiro procurado por usuários da internet interessados em obter cópias gratuitas de conteúdo protegido por direitos autorais, de filmes como Harry Potter a jogos para o console Xbox 360.

Mas a BitTorrent, depois de uma longa espera, está começando a ter sucesso em sua colaboração com algumas grandes empresas de mídia e, à medida em que seus elos com as empresas se reforçam, é possível que acrescente ao seu software recursos que desencorajem a troca de materiais protegidos por direitos autorais, segundo Peter Sunde, co-fundador do Pirate Bay's.

"Se eles decidirem fazer algo estúpido, muita gente será afetada," disse Sunde em entrevista, informando que seu site recebe em média 1,5 milhão de visitantes ao dia.

Sunde espera que a versão inicial do novo software esteja pronta no começo do ano que vem, e solicita a colaboração de programadores no site http://securep2p.com.

A BitTorrent diz que não tem muito a perder.

"Não estamos realmente decepcionados com isso", disse Ashwin Navin, presidente e co-fundador da BitTorrent, à Reuters. "A comunidade de usuários piratas jamais nos pagou um tostão."

Ele estima que existam cerca de 150 milhões de pessoas usando a tecnologia de sua empresa. No mês passado, ela lançou um serviço de distribuição via Internet para grupos de mídia que, ele aposta, elevará seu total de usuários a mais de um bilhão em prazo de 18 a 24 meses.

O primeiro cliente do sistema é a Brightcove, distribuidora de vídeos na Web criada pela CBS, Fox Entertainment Group (parte da News Corp.), Viacom e New York Times Co.

"O desenvolvimento futuro (do software BitTorrent) quase certamente se concentrará em coisas que não beneficiam ou promovem os objetivos dos piratas", afirmou Eric Garland, da BigChampagne, uma empresa que rastreia o volume de trocas de arquivos na Web.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Projeto incentiva adoção de irmãos



Hilda Badenes - O Globo Online
RIO - Ela achava que seria uma missão impossível. Mas hoje, dois anos depois de conseguir a guarda provisória dos quatro filhos adotivos - todos eles irmãos de sangue - a arquiteta Claudia Sobral, de 38 anos, não hesita em afirmar: "Compensou". Porém, nem sempre os laços familiares das crianças abandonadas em abrigos são mantidos na hora da adoção.

Para incentivar esta prática, a deputada Solange Almeida (PMDB-RJ) apresentou um projeto de lei que dá auxílio financeiro às pessoas que adotarem crianças e adolescentes irmãos. Pela proposta, quem adotar um casal de irmãos vai receber um salário mínimo; dois salários mínimos quem adotar três irmãos; quatro salários mínimos se forem quatro irmãos, e assim sucessivamente. Embora seja bem intencionada, a proposta é vista com algumas ressalvas.
- É uma espécie de bolsa-adoção, que deve ser requerida pelo adotante. Muita gente tem o desejo de adotar mais de uma criança, mas não tem condições financeiras. A idéia é facilitar a retirada da criança do abrigo o mais rápido possível e manter o vínculo familiar - explica a deputada.

O benefício se estenderia até que as crianças ou os adolescentes completassem 18 anos, sendo prorrogado até os 24 anos se eles estiverem cursando faculdade. De acordo com o projeto, que aguarda avaliação da Comissão de Seguridade Social, a verba sairia do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Para a advogada Tânia da Silva Pereira, integrante da Comissão de Infância e Juventude do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), a proposta da deputada é desafiadora e inspira cautela.
- Aparentemente, não é má idéia, porque toda criança abrigada tem um custo para o poder público. Seria apenas transferir esses recursos para o adotante, ou seja, não representa uma despesa a mais - avalia Tânia, que estima em R$ 600 a R$ 800 por mês o custo médio de uma criança em abrigo.

Mas, segundo ela, é fundamental que haja uma fiscalização para que a proposta seja bem sucedida.

- É preciso ter um sistema de avaliação para que não haja uma distorção da finalidade. Além disso, tem que haver uma ampla fiscalização, como acontece com os programas de transferência de renda - avalia a advogada, lembrando a experiência do estado do Rio de Janeiro, que propôs um auxílio ao funcionário público que adotasse crianças.

- Vimos uma situação caótica. Muita gente que não tinha aumento de salário entrou na fila do juizado para adotar e receber o dinheiro. Não houve controle e o governo estadual começou a atrasar os repasses - diz.

A mãe adotiva Claudia - que no fim de todo mês se pega fazendo contas para esticar o orçamento familiar e sustentar os quatro filhos adotivos - também vê com ressalvas o projeto:
- Acho legal. Mas deve ter um trabalho de pesquisa, de avaliação, para ver a real necessidade. Fico preocupada com essas políticas assistencialistas. Tudo que envolve dinheiro é complicado - analisa Claudia, que completa:

- A gente quer que eles se desenvolvam e tenham condições de enfrentar o mundo. A gente está dando o básico pra eles, que é muito mais do que eles podiam ter. Mas eles estão dentro de uma família e isso é o principal para uma criança - conclui.
Segundo a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), 80 mil meninos e meninas aguardam hoje por adoção nos abrigos do país. Tânia lembra a importância de se manter o vínculo familiar na hora da adoção quando se trata de crianças mais velhas.

- Quando a criança é maior, precisa trabalhar o resgate da instituição familiar. Já têm vínculo afetivo. Por isso, se irmãos puderem ser adotados pela mesma família é melhor. Mas com uma certa idade, já é mais difícil de inserir em famílias - alerta.

Troca de arquivos aprimorada?

Pirate Bay criará substituto do Bit Torrent, Juliano Barreto, da INFO - SÃO PAULO – Grupo sueco está disposto a desenvolver novo padrão para troca de arquivos na internet. [...]

Gmail mais rápido

Gmail ganha funções e fica mais rápido, Juliano Barreto, da INFO - SÃO PAULO - Reforma interna faz mensagens abrirem mais rápido com técnica que carrega automaticamente o conteúdo. [...]

Jovens da Barra

A repetição da história como farsa. Três delinqüentes adolescentes cariocas bêbados esvaziaram um extintor de incêndio sobre prostitutas e travestis na madrugada de ontem numa avenida da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Detidos depois da intervenção de um motorista, os jovens vão responder em liberdade pelo crime de “perturbação do trabalho”. O episódio lembra a agressão de uma empregada doméstica em junho, também na Barra, também por jovens delinqüentes cariocas bêbados.


E, pela última vez, também pela reação condescendente do pai de um dos rapazes: “Tem gente que faz coisa pior. Foi apenas uma brincadeira de criança; Qualquer um já passou por isso quando adolescente. Não entendo porque os jornalistas estão interessados nessa história”, disse Fernando Mattos Roiz em O Globo, pai dos adolescentes, estudante de jornalismo. Apenas uma brincadeira? Qualquer um já passou por isso? De que mundo é esse sujeito? Bem, como esse tipo de pai dá para entender o que se passa na cabeça de um futuro criminoso.

Life Begins


Eu gosto muito de séries de Tv, e acho que muitas delas são muito melhores do que a maioria dos filmes badalados de cinema. Uma que está me prendendo muito ultimamente é Life Begins, uma série sobre a vida de uma mulher depois da separação. A personagem principal é Maggie, interpretada por Caroline Quentin, excelente atriz inglesa. É interessante que a série não é americana, mas inglesa, e está sendo exibida no Eurochannel.
Os sentimentos controversos de pessoas reais são exibidos sem maniqueismo, o que faz com que haja grande identificação com os personagens. Quem já se separou e iniciou um novo relacionamento depara-se com várias situações parecidas com que as que já passou.
Só lamento os horários meio desorganizados e as legendas muito mal sincronizadas do Eurochannel.
Confira!

sábado, novembro 03, 2007

Adote uma Criança, Mude um Destino



A AMB, Associação dos Magistrados do Brasil, lançou uma campanha para estimular as adoções em todo o Brasil, através da sensibilização dos juízes para agilizarem os processos. A campanha chama-se Mude um Destino.

O problema da adoção se agrava quando as crianças têm mais de um ano de idade, são negras, têm irmãos na mesma situação ou apresentam algum problema de saúde. Segundo a advogada Roberta Avisato , 70% dos casais presentes no cadastro nacional dos Juizados da Infância e da Juventude procuram meninas brancas, de até seis meses. A especialista atua na área Trabalhista, mas começou a defender casos de adoção, por conta de uma experiência pessoal: ainda noiva, encantou-se com um menino num abrigo para menores e ganhou na Justiça o direito de protegê-lo. Ela conta que apenas 5% dos processos de adoção que ocorrem no estado de São Paulo são realizadas por pais que podem ter filhos, mas optam por acolher uma criança.

Segundo a advogada, o primeiro passo de um casal que pensa em adoção é procurar a Vara da Infância e da Juventude de sua cidade e realizar o cadastro de adoção. Eles vão passar por entrevistas, terão seu perfil social traçado, vão apontar as características da criança de que gostariam e será aberto o processo. Quando alguma criança que atenda aos dois perfis aparecer no cadastro, eles serão chamados para conhecê-la.

Francisco Oliveira Neto, juiz da Vara da Infância e da Juventude de Florianópolis (SC), membro da Associação dos Magistrados Brasileiros e coordenador da campanha Mude um Destino da AMB, o número de adoções poderia ser maior caso diminuíssem as exigências dos casais.

- Não é a burocracia do Estado que atrasa os processos de adoção. Nos juizados, temos um livro de cadastro de pais que se dispõe a adotar e outro com as crianças dos abrigos. Fazer esse casamento é a parte mais difícil - explica Franscisco Oliveira Neto.

O juiz reforça que não há custos para o casal com o processo de adoção - a menos que eles queiram contratar um advogado particular - e que, uma vez dada a sentença, a decisão da Justiça é irrevogável: os pais biológicos perdem seus direitos sobre a criança e a identidade da família que a adotou é mantida em sigilo.

- Cumprir os procedimentos legais é a melhor forma de se proteger e dar segurança à criança. Muitos pais biológicos iniciam um processo de coação ou extorsão por sentirem que quem adota contrai uma espécie de dívida com eles - alerta.

Se as mães biológicas têm nove meses para se preparar para a chegada do bebê, com as mães adotivas o tempo de espera é incerto e cheio de dúvidas. A psicóloga e professora da PUC-RS Iraci Argimon, orienta os casais a terem uma decisão bem amadurecida, antes de procurar uma criança:

- Enquanto houver dúvidas, converse. Se o diálogo entre o casal não for suficiente, procure um especialista. Isso é um respeito com eles mesmos e com a criança - alerta. - Ela não deve vir para segurar nenhum casamento: vai ter um papel tão importante quanto o de seus pais.

Em caso de crianças maiores, essa preocupação deve estar ainda mais presente:

- As crianças costumam se vincular de forma ainda mais forte por medo inconsciente de um novo abandono. Apenas uma relação bem madura entre mãe e filho pode equilibrar essa insegurança.

Mas às vezes o destino se encarrega de antecipar os fatos. Pediatra, Maria Noemi Mac Culloch, era solteira quando recebeu, no Hospital da Funabem, em que trabalhava, um bebê abandonado pelos pais que despertou sua compaixão. Ela entrou com o pedido de adoção e conseguiu a guarda de Pedro Ivo, que hoje tem 12 anos. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, homens e mulheres acima dos 18 anos podem adotar uma criança independentemente de seu estado civil.

- Desde a primeira vez que o peguei nos braços, senti que era meu filho. De repente, me vi invadida de um amor muito grande por aquela criança que nunca tinha visto. Minha capacidade de amar, de me dar cresceu muito. Sinto como se ele tivesse nascido mesmo de mim, é meu filho - resume Maria Noemi.

Na minha família, tanto pelo lado paterno quanto materno, tenho vários parentes adotivos, irmãos, tios, primos, e posso dizer que o amor não é diferente em relação a um consangüíneo. Percebo que ainda existe um preconceito em relação à adoção, e muitos casais tentam deseperadamente engravidar, às vezes correndo riscos, mas não dão um passo em direção à adoção que lhes deixaria realizados como pais! Um grande abraço para Andréa, Mônica e José Victor, meus irmãos.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Os Olhos de Ana


Ontem assisti ao filme Cria Cuervos, de Carlos Saura, provavelmente pela 10ª vez, mas dessa vez em casa.Já tinha muito tempo que eu não o assistia. Todas as vezes anteriores eu assisti no Cine Arte UFF, em Niterói. A 1ª vez que o assisti, eu tinha 13 anos. O filme é lento, meio silencioso, mas é emocionante do início ao fim, cada emoção marcada pelo olhar de Ana. Eu adorei o filme, me identifiquei muito com a triste infância de Ana, evidente principalmente em seu olhar. Eu estava saindo da infância, e tinha esperança de que seria mais feliz a partir de então e, olhando retrospectivamente, posso dizer que fui e tenho sido mais feliz do que na infância. Bem, Ana Torrent continua fazendo cinema, e eu continuo tendo esperança de que dias melhores virão.
Foi muito bom rever Cria Cuervos!

quinta-feira, novembro 01, 2007

Homeopatia para todos

A participação de médicos e farmacêuticos homeopatas na campanha “Homeopatia Direito de Todos”, a favor escolha terapêutica no Sistema Único de Saúde (SUS) está apenas iniciando.

Para que esse movimento ganhe corpo é necessária a presença de cada um dos 15 mil homeopatas, representantes de farmácias e laboratórios homeopáticos de todo o país.

Voluntários e simpatizantes também podem colaborar com a campanha “Homeopatia Direito de Todos” distribuindo folhetos informativos ou organizando caminhadas para colher assinaturas para o abaixo-assinado.

Faça contato com a ONG, na Rua Siqueira Campos 115, sobrado, em Copacabana, Rio de Janeiro. Ligue para (21) 2255-9190 ou envie e-mail (semelhante@semelhante.org.br).

Qualquer pessoa de qualquer parte do país pode preencher o formulário do abaixo-assinado que se encontra no site www.semelhante.org.br