quarta-feira, abril 01, 2009

Protesto do Greenpeace na Ponte Rio-Niterói


RIO - Um protesto do Greenpeace na Ponte Rio-Niterói levou transtornos aos motoristas que seguiam de Niterói para o Rio logo no início da manhã desta quarta-feira. Às 7h, pelo menos dez ativistas fizeram um rapel no Vão Central da ponte, onde estenderam uma faixa de 50 metros de comprimento por 30 metros de altura para protestar contra o aquecimento global. A manifestação só terminou por volta das 10h. Mesmo com o fim do protesto, os motoristas enfrentaram dificuldades em todos os acessos à Ponte até o fim da manhã. Às 12h, o fluxo era normal em ambos os sentidos da via.

Por causa do protesto, a faixa da direita da pista, junto à mureta lateral, ficou interditada ao trânsito desde o início da manifestação, que durou cerca de três horas. Onze ativistas que davam apoio à ação foram levados ao posto da PRF e dois carros do grupo também foram rebocados. Equipes da concessionária que administra a Ponte e da Polícia Rodoviária Federal foram até local do protesto. O protesto chamou a atenção dos motoristas, que reduziam a velocidade para observar a ação.

Mais cedo, os reflexos do congestionamento atingiram a Avenida Quintino Bocaiúva, na orla de São Francisco, em Niterói. Os motoristas também enfrentaram retenções na Alameda São Boaventura, no Fonseca. Quem saía de São Gonçalo precisou ter paciência na Niterói-Manilha. O congestionamento seguia do Gradim até a Avenida do Contorno, na altura do bairro do Barreto, em Niterói.

Quem optou fugir do congestionamento nas principais vias de Niterói enfrentou fila na estação do catamarã Charitas, com destino à Praça Quinze.

Na faixa estendida, a frase em inglês "Líderes mundiais: clima e pessoas primeiro" tinha o objetivo de alertar os líderes mundiais do G20, que se reúnem em Londres, para se preocuparem não só com a crise econômica, mas também com os problemas do clima no planeta.

Para o Greenpeace, os países desenvolvidos, como grupo, devem acordar em reduzir suas emissões em pelo menos 40% até 2020 (em comparação com os níveis de 1990), enquanto países em desenvolvimento também assumem sua responsabilidade na luta contra o aquecimento global. O Brasil, por exemplo, quarto maior emissor de gases do efeito estufa por causa da destruição da Amazônia deve lutar pelo desmatamento zero.