quarta-feira, abril 19, 2006

Dieta Mediterrânea reduz risco de Alzheimer, diz estudo


O estudo teve como base 2.258 idosos mentalmente saudáveis na cidade de Nova York

WASHINGTON - Uma dieta rica em frutas, vegetais, legumes, cereais, azeite de oliva, um pouco de peixe e de álcool, mas muito pouco de carne vermelha e laticínios - a chamada Dieta Mediterrânea - reduz o risco de Alzheimer nos idosos. Estudo com essa conclusão está publicado na edição de abril dos Annals of Neurology, e também online.

Especialistas teorizam que a dieta tem um papel no desenvolvimento do mal de Alzheimer, mas os dados correlacionando alimentos individuais à doença vinham se revelando contraditórios. Por isso, a equipe do neurologista Nikolaos Scarmeas, da Universidade de Columbia, decidiu investigar padrões de dieta, em vez de comidas ou pratos específicos. O estudo teve como base 2.258 idosos mentalmente saudáveis na cidade de Nova York.

Os voluntários foram entrevistados e submetidos a análise de histórico médico. Todos foram reavaliados uma vez a cada 18 meses, por um período médio de 4 anos. Os pesquisadores também recolheram dados sobre a dieta de cada participante, criando um placar de aderência à Dieta Mediterrânea, com notas de 0 a 9.

Durante o curso do estudo, 262 membros da população sob análise foram diagnosticados com o mal de Alzheimer. "Alta aderência à Dieta Mediterrânea foi associada a um risco significativamente reduzido de desenvolver o mal de Alzheimer", informam os autores do trabalho. Para cada ponto a mais na nota de aderência, o risco de Alzheimer caía entre 9% e 10%.

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