quinta-feira, abril 13, 2006

Já tenho em quem votar!


Para mim, Itamar Franco foi o único presidente que conheci que olhou para os problemas sociais. Todos os outros cegaram ou ensurdeceram pela ênfase na economia, ignorando os apelos sociais. Gostei dessa notícia! É curioso como a imprensa tem uma certa implicância com Itamar, talvez por ele não ser um intelectual ou um líder sindical, ser apenas um sujeito comum. E isso eu admiro na biografia dele.

Itamar Franco anuncia candidatura
13/04 - 08:06



SÃO PAULO, 13 de abril de 2006 - O ex-presidente Itamar Franco disse ontem que aceitou o apelo do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia e aceitou disputar a candidatura à Presidência da República pelo PMDB. O anúncio foi feito em Juiz de Fora (MG), ao lado do ex-governador do Rio Anthony Garotinho, também pré-candidato peemedebista e primeiro colocado na consulta realizado pelo partido entre os delegados, em março.
Itamar se encontrou com Garotinho para discutir o lançamento de candidatura própria do PMDB à Presidência. Garotinho fez um pacto de não agressão com o ex-presidente, para que não troquem ofensas até as prévias do partido, marcadas para julho.

Na semana passada, Quércia lançou a possibilidade de Itamar sair na disputa pelo Planalto com Garotinho como vice. Antes de se reunir com Garotinho, Itamar esteve com o ex-ministro José Dirceu. Mas ele nega que tenha falado sobre sua pré-candidatura com o deputado cassado.

Pela manhã, entretanto, Garotinho ignorou os 50% de rejeição apontados pela última pesquisa CNT/Sensus e reiterou a "firme intenção" de disputar o pleito e rechaçou a hipótese de o partido caminhar para uma aliança com o PSDB. Foi um recado a Itamar Franco, a quem visitaria horas depois, para tentar demovê-lo da idéia de concorrer à candidatura presidencial.

Para fortalecer sua argumentação, garantiu que levava para o encontro em Juiz de Fora (MG) o apoio certo do PMDB em seis estados, angariado nos últimos dois dias. Segundo Garotinho, Acre, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Sergipe já endossariam sua candidatura.

Ladeado por assessores, Garotinho lançou-se aos gabinetes de parlamentares da legenda para pedir apoio à sua candidatura. Mesmo com uma postura mais diplomática, diferente da metralhadora verbal em que costuma se transformar quando fala de opositores, não deixou de distribuir alfinetadas.

O senador Tasso Jereissati - segundo o qual uma eventual candidatura independente do PMDB implodiria a metade das coligações estaduais do PSDB e todas as do PMDB - foi alvo da ironia de Garotinho. "Me surpreende esse súbito conhecimento do Jereissati sobre os assuntos do PMDB. Ele entende de tucanos; de PMDB entendo eu e o (Michel) Temer", comentou o pré-candidato.

No Congresso, a ala do PMDB que apóia Garotinho continua a mostrar disposição de brigar, mesmo depois de perder a batalha pela indicação do deputado Waldemir Moka (PMDB-MS) para líder da bancada. Ontem, o tumulto causado pelos "garotistas" mostrou bem que eles não darão trégua à ala governista do PMDB. A manifestação maior de que as trincheiras ainda não se desfizeram acabou resultado em confusão dentro do partido na indicação das presidências de comissões permanentes.

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