quarta-feira, agosto 30, 2006

Quem é Mia Couto?


Mia Couto
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Mia Couto (1955- ) é o nome literário de um dos escritores moçambicanos mais conhecidos no estrangeiro. António Emílio Leite Couto ganhou o nome Mia do irmãozinho que não conseguia dizer "Emílio". Segundo o próprio autor a utilização deste apelido tem a ver com sua apaixão pelos gatos e desde pequeno dizia a sua família que queria ser um deles.

Nasceu na Beira, a segunda cidade de Moçambique, em 1955. Ele disse uma vez que não tinha uma "terra-mãe" - tinha uma "água-mãe", referindo-se à tendência daquela cidade baixa e localizada à beira do Oceano Índico para ficar inundada...

Iniciou o curso de Medicina ao mesmo tempo que se iniciava no jornalismo e abandonou aquele curso para se dedicar a tempo inteiro à segunda ocupação. Foi director da Agência de Informação de Moçambique e mais tarde tirou o curso de Biologia, profissão que exerce até agora.
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Biobibliografia

Estreou-se no prelo com um livro de Poesia - Raiz de Orvalho, publicado em 1983. Mas já antes tinha sido antologiado por outro dos grandes poetas moçambicanos, Orlando Mendes (outro biólogo), em 1980, numa edição do Instituto Nacional do Livro e do Disco, resultante duma palestra na Organização Nacional dos Jornalistas (actual Sindicato), intitulada "Sobre Literatura Moçambicana".

Em 1999, a Editorial Caminho (que publica em Portugal as obras de Mia) relançou Raiz de Orvalho e outros poemas que, em 2001 teve sua 3ª edição.

Depois, estreou-se nos contos e numa nova maneira de falar - ou "falinventar" - português, que continua a ser o seu "ex-libris". Nesta categoria de contos publicou:

* Vozes Anoitecidas (1ª ed. da AEMO, em 1986; 1ª ed. Caminho, em 1987; 8ª ed. em 2006; Grande Prémio da Ficção Narrativa em 1990, ex aequo)
* Cada Homem é uma Raça (1ª ed. da Caminho em 1990; 9ª ed., 2005)
* Estórias Abensonhadas (1ª ed. da Caminho, em 1994; 7ª ed. em 2003)
* Contos do Nascer da Terra (1ª ed. da Caminho, em 1997; 5ª ed. em 2002)
* Na Berma de Nenhuma Estrada (1ª ed. da Caminho em 1999; 3ª ed. em 2003)
* O Fio das Missangas (1ª ed. da Caminho em 2003; 4ª ed. em 2004)

Para além disso, publicou em livros, algumas das suas crónicas, que continuam a ser coluna num dos semanários publicados em Maputo, capital de Moçambique:

* Cronicando (1ª ed. em 1988; 1ª ed. da Caminho em 1991; 7ª ed. em 2003; Prémio Nacional de Jornalismo Areosa Pena, em 1989)
* O País do Queixa Andar (2003)
* Pensatempos. Textos de Opinião (1ª e 2ª ed. da Caminho em 2005)

E, naturalmente, não deixou de lado a novela, tendo publicado:

* Terra Sonâmbula (1ª ed. da Caminho em 1992; 8ª ed. em 2004; Prémio Nacional de Ficção da AEMO em 1995; considerado por um juri na Feira Internacional do Zimbabwe, um dos doze melhores livros africanos do século XX)
* A Varanda do Frangipani (1ª ed. da Caminho em 1996; 7ª ed. em 2003)
* Mar Me Quer (1ª ed. Parque EXPO/NJIRA em 1998, como contribuição para o pavilhão de Moçambique na Exposição Mundial EXPO '98 em Lisboa; 1ª ed. da Caminho em 2000; 8ª ed. em 2004)
* Vinte e Zinco (1ª ed. da Caminho em 1999; 2ª ed. em 2004)
* O Último Voo do Flamingo (1ª ed. da Caminho em 2000; 4ª ed. em 2004; Prémio Mário António de Ficção)
* O Gato e o Escuro, com ilustrações de Danuta Wojciechowska (1ª ed. da Caminho em 2001; 2ª ed. em 2003)
* Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra (1ª ed. da Caminho em 2002; 3ª ed. em 2004; rodado em filme pelo português José Carlos Oliveira)
* A Chuva Pasmada, com ilustrações de Danuta Wojciechowska (1ª ed. da Njira em 2004)
* O Outro Pé da Sereia (1ª ed. da Caminho em 2006)

Muitos destes livros estão traduzidos em alemão, francês, inglês e italiano.

Em 1999, Mia Couto recebeu o Prémio Vergílio Ferreira, pelo conjunto da sua obra.

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